O
último censo demográfico do IBGE, realizado em 2010, demonstrou que a mulher
está optando pela gravidez tardia. A taxa de fecundidade no Brasil saiu de seis
filhos por mulher, em 1960, para 1,9 em 2010. Deixando o Brasil próximos de
países europeus, como a Suíça e a Dinamarca.
Muitas
mulheres estão pensando na gravidez somente após alcançar uma certa
estabilidade, sejam elas solteiras ou casadas. Esse momento geralmente chega
depois dos 30 anos e, em alguns casos, até mesmo aos 40 anos.
"Muitas
querem contrariar o que se convencionou chamar de relógio biológico. Dar
atenção ao lado profissional é importante, e fazer isso para adiar a gravidez é
bom, mas na hora da decisão de ter o primeiro filho após os 30 anos os cuidados
devem começar. É importante ter um acompanhamento médico antes e depois
de engravidar", explica a obstetra do Hospital Rio Poty, Jesca Villa
Verde.
Os
avanços na medicina ajudam as mulheres nessa decisão, mas o sistema reprodutor
feminino também envelhece e isso pode dificultar a concretização de uma
gravidez tardia, acrescenta a médica. Segundo a obstetra também aumentam com a
idade os riscos de desenvolver alguma síndrome no bebê. "Os riscos sempre
serão menores quando a mulher é mais jovem, geralmente entre 20 e 30 anos que é
a fase mais fértil da vida da mulher”, afirma.
O
problema da gravidez tardia, caracterizada após os 35 anos, pode ocasionar uma
maior incidência de aborto, parto prematuro, fatores como a Síndrome de Down e
o desenvolvimento de doenças como hipertensão e diabetes. Por isso a médica
indica que mulheres que desejam engravidar nessa faixa etária, passem por
exames de avaliação da reserva ovariana, e hormônio folículo-estimulante (FSH),
ultrassonografia e o hormônio antimulleriano, que mostra ao médico o estoque de
células germinativas e a qualidade dos óvulos estocados, mas nenhum vai mostrar
qual o prazo limite para uma gestação.
Fonte:
AI Comunicações