Foi
apresentada nesta segunda-feira (16) em Teresina a Análise Territorial do
Cadastro Ambiental Rural do Piauí. O estudo foi feito pela Embrapa
Territorial, em parceria com a Aprosoja Piauí com um levantamento que mapeou,
no Piauí, 25 milhões de hectares. O evento foi realizado no Cine Teatro Alepi,
quando também foi lançada a Frente Parlamentar da Agropecuária do Piauí.
Produtores do Piauí e de outros estados, autoridades políticas, representantes
de entidade ambientais e da sociedade civil puderam acompanhar a apresentação
dos dados que comprovam o cumprimento da legislação ambiental e o alto nível de
preservação da vegetação nativa praticado pelo agronegócio do Piauí. Os dados
foram apresentados pelo pesquisador da Embrapa Territorial com sede em Campinas,
São Paulo, Gustavo Spadotti. Entre os vários dados positivos que o estudo
trouxe está a comprovação de que as áreas destinadas pelo agronegócio á
preservação, no Brasil como um todo, formam verdadeiros corredores de
biodiversidade.
Também consta no estudo o custo de preservação destas áreas, que foi calculado
pelo valor da terra protegida e sua distribuição por município e
microrregião. São R$ 2,4 trilhões no Brasil e no Nordeste são R$ 330
milhões de valor em áreas preservadas. Hoje, 66,3% do território brasileiro é
destinado à preservação e a utilização para a agricultura corresponde a 7,8%.
No Piauí, em média 63,2% da área dos 140.928 imóveis rurais, registrados no
Cadastro Ambiental Rural (CAR) até agosto, são destinadas à preservação da
vegetação nativa.
Gustavo Spadotti ressaltou em sua apresentação que estes dados foram confirmados por estudo feito pela NASA, com uma variação para 7,6%. No Brasil todo mais de 5 milhões de propriedades rurais já foram analisadas.
Gustavo Spadotti ressaltou em sua apresentação que estes dados foram confirmados por estudo feito pela NASA, com uma variação para 7,6%. No Brasil todo mais de 5 milhões de propriedades rurais já foram analisadas.
O presidente da Aprosoja Piauí, Alzir Neto, a importância da pesquisa
apresentada está exatamente no fato de que "com pesquisas concretas,
o debate sobre o agronegócio e a preservação ambiental fica enriquecido
com informações técnicas e científicas, informações que comprovam a busca do equilíbrio
entre produção e preservação, algo que os produtores tem buscado cada vez mais;
seja através do uso da tecnologia, seja respeitando a legislação ambiental,
isso demonstra que há ainda muita informação equivocada e injustiças cometidas
contra os produtores que no fundo são os maiores interessados no equilíbrio e
sustentabilidade", afirma.
Microrregião de Floriano é a que mais preserva
Segundo os dados apresentados por Gustavo Spadotti, nos 140 mil imóveis
estudados, a microrregião de Floriano com 73,8%, é a que tem maior
percentual de áreas destinadas a preservação. O estudo apresenta os dados dos
224 municípios e suas respectivas áreas de preservação de mata nativa que
totaliza 31% do território.
"Não importa quanto se produza daqui para frente no Piauí, no mínimo a
metade da área do Estado já está garantida para a preservação da vegetação
nativa", ressaltou Spadotti.
Segundo o deputado estadual Henrique Pires, presidente da Frente Parlamentar da
Agropecuária do Estado do Piauí (FPA-PI) de posse dos dados apresentados é
possível se estabelecer o correto debate e ter mais subsídios para defender o
desenvolvimento proporcionado pelo agronegócio no Piauí.
Participaram do evento; Antonio Galvão, vice-presidente da Aprosoja Brasil,
Alzir Neto, presidente da Aprosoja Piauí, deputado federal Júlio César (PSD),
Simone Pereira,secretária estadual do Agronegócio e os deputados estaduais
Themístocles Filho (MDB), Henrique Pires (MDB),Georgiano Neto (PSD),Júlio
Arcoverde (PP),Zé Santana (MDB), Francisco Costa (PT), Gustavo Neiva (PSB),
Firmino Paulo (PP) e Nerinho (PDT).
Fonte:
AI Comunicações