Estradas que passem
por dentro da propriedade e que possam reduzir custos, prejuízos e distâncias
no escoamento das sucessivas safras recordes de grãos no cerrado do Piauí. Essa
é a ideia que será analisada em reunião da Associação Piauiense de Produtores de
Soja do Piauí (Aprosoja Piauí). O debate deve acontece na próxima semana entre
a diretoria da Associação e os produtores.
Cansados de esperar
por solução de infraestrutura da parte do poder público e amargar o
encarecimento do custeio da safra em pelo menos 30% a mais que outros estados,
os produtores querem definir a viabilidade do investimento. A informação é do
presidente da Associação Alzir Neto. Segundo ele a ideia não é nova, mas
vem sendo amadurecida ao longo dos anos depois de sucessivas tentativas de
priorização para o setor produtivo junto ao Governo do Estado. Existe um
documento levantado pela Associação que comprova que um ano de recolhimento dos
impostos oriundos do setor gera recurso suficiente para asfaltar quase que
completamente o Piauí.
“O que vejo hoje é que
a gente projeta estas PPPs, parceria público privada, para a construção destas
estradas, mas o Governo não destrava. O Governo não licencia e hoje pensamos
mesmo em fazer estradas privadas por dentro das fazendas e esquecer do Público.
Na próxima semana a gente deve ter algum andamento desse pensamento”, afirma
Alzir. Na avaliação da Aprosoja Piauí, as PPPs mais avançadas hoje no
Piauí são de ordem simples e teriam como ação do Estado apenas desburocratizar
e licenciar os projetos. “Mas nem isso acontece”, acrescenta Alzir.
Pelo menos 90% dos
mais de 2 milhões e meio de toneladas de soja colhidas no Piauí este ano já
foram comercializados. Isso já garante um fôlego para balança comercial do
Piauí e para o PIB do Estado que será duramente afetado em outras áreas da
economia por conta da pandemia da Covid-19. “O Piauí tem a indústria da Bunge
em Uruçuí e mercado internacional como grande destino da produção do cerrado”,
explica Alzir.
Fonte: AI
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