Raiva, inveja, alegria,
tristeza, ansiedade, nojo, vergonha, tédio e medo. Esses sentimentos podem
estar presentes no dia a dia das pessoas e mostram que gerir as emoções é uma
habilidade vital para manter a saúde mental e o bem-estar. O assunto está em
evidência, pois é o tema central do filme 'Divertida Mente 2', que ilustra de
forma lúdica e educativa a complexidade das sensações humanas, reforçando a
mensagem de que todas têm um papel importante em nossas vidas.
A neuropsicóloga Jessyca
Gabriella César Silva, da Hapvida NotreDame Intermédica, destaca a importância
de reconhecer e lidar com as emoções e alerta que negá-las ou reprimi-las pode
levar a problemas, como ansiedade, depressão e transtornos de humor.
“Compreender nossas emoções é
essencial para promover uma saúde emocional positiva. Quando reconhecemos e
avaliamos nossos sentimentos, somos capazes de lidar com eles de maneira
saudável e construtiva”, frisou.
A especialista chama atenção
para a necessidade de não reagir no calor da emoção, seja ela positiva ou
negativa. Ela recomenda que é importante parar e respirar; e ensina um
exercício: você pode contar até 10, tomar um gole d’água ou apenas respirar
profundamente, utilizando técnicas como a respiração diafragmática.
“O processo de parar,
respirar, observar e então responder permite que você possa agir de uma outra
forma que não seja por impulso. Isso traz inteligência às suas emoções: seja
raiva, tristeza, frustração ou tantas outras, você passa por esse processo para
assim reagir de uma maneira consciente, evitando arrependimentos”, explica.
Sobre a tristeza, Jessyca
afirma que esse é um sentimento comum, mas, quando se torna persistente,
afetando o bem-estar mental, surge a necessidade de compreender e abordar suas
raízes.
A inveja, que também aparece
em 'Divertida Mente 2', pode estar associada à baixa autoestima e à dificuldade
de reconhecer o próprio valor. “Saber como lidar com a inveja significa
entender que as emoções negativas se manifestam em qualquer pessoa, mas que
elas não determinam sua maneira de agir diante das situações. Desse modo, é
possível se policiar, dar mais atenção aos seus sentimentos e traçar
alternativas para se livrar do que gera incômodos”, orienta a profissional.
Outro fato interessante é que
no filme a raiva e a ansiedade não têm nariz, e a teoria é que são emoções que
mexem com a respiração. Conforme a neuropsicóloga, a raiva surge ao
enfrentarmos obstáculos percebidos como hostis, enquanto a ansiedade se
manifesta em situações de incerteza. Técnicas de controle respiratório são
eficazes para gerir essas emoções, ajudando a tomar decisões mais ponderadas e
evitando reações impulsivas.
Fonte: AI Comunicação