O glifosato é uma substância herbicida frequentemente empregada na agricultura para o controle de plantas infestantes. Apesar de ser eficaz para o setor agrícola, sua aplicação tem gerado discussões por conta de possíveis perigos à saúde humana. Neste artigo, exploramos as consequências do contato com o glifosato e o que a ciência diz sobre seus impactos.
O glifosato é um componente ativo presente em herbicidas, como o famoso Roundup, utilizado na erradicação de plantas indesejadas. Ele funciona bloqueando uma enzima crucial para o desenvolvimento das plantas, impossibilitando sua manutenção. Desde que foi lançado comercialmente na década de 1970, tornou-se o pesticida mais empregado globalmente.
O contato com o glifosato pode acontecer de várias maneiras:
- Ingestão de alimentos: Os resíduos do pesticida podem ser encontrados em grãos, frutas e vegetais que foram pulverizados.
- Água poluída: O glifosato tem a capacidade de penetrar em fontes de água adequadamente tratada.
- Contato direto: A aplicação do produto expõe mais os agricultores e trabalhadores do campo.
- Inalação: Indivíduos que residem próximos a zonas agrícolas têm a possibilidade de inalar partículas do pesticida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o glifosato como "possivelmente carcinogênico para humanos". Pesquisas indicam uma possível conexão com o linfoma não-Hodgkin, uma forma de câncer que impacta o sistema linfático.
Estudos sugerem que o glifosato pode funcionar como um desregulador endócrino, modificando a liberação hormonal e potencialmente impactando a fertilidade e o crescimento fetal.
O herbicida tem o potencial de impactar a flora intestinal, eliminando bactérias benéficas e estimulando o desenvolvimento de microrganismos nocivos. Isso pode levar a complicações gastrointestinais, inflamação e até mesmo a uma diminuição do sistema imunológico.
Existem pesquisas indicando que a exposição contínua ao glifosato pode estar ligada a enfermidades neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, além de possíveis efeitos no desenvolvimento cognitivo infantil.
Estudos indicam que a exposição ao glifosato pode elevar a probabilidade de abortos espontâneos, malformações congênitas e outras dificuldades reprodutivas.
Entidades reguladoras, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), definem padrões para a presença de glifosato em alimentos. Contudo, alguns profissionais da saúde defendem que até mesmo quantidades mínimas podem representar perigos à saúde a longo prazo.
Qual é a melhor maneira de se proteger?
Escolha alimentos orgânicos para diminuir a absorção de resíduos de glifosato na alimentação.
Prepare frutas e vegetais adequadamente antes de serem consumidos.
Previna-se contra exposição direta, especialmente se atua no campo. Ao manipular herbicidas, use equipamentos de proteção.
Acompanhe pesquisas e legislações, já que a discussão acerca da segurança do glifosato segue avançando.
Órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA), estabelecem normas para a presença de glifosato em alimentos. No entanto, alguns especialistas em saúde argumentam que mesmo pequenas quantidades podem representar riscos à saúde a longo prazo.
Opte por alimentos naturais para reduzir a absorção de vestígios de glifosato na dieta.
Referências:
BBC News Brasil
CCE Fiocruz
Editora Essentia